Possuir a certificação significa que o produtor está cumprindo com uma série de requisitos e indicações para a produção natural dos alimentos; que é o nosso caso!
Ser um produtor de alimentos orgânicos certificado pelo IBD é de uma grande responsabilidade no mercado de alimentos, sabia? Isso porque esse selo de orgânicos indica que o cultivo do alimento foi realizado sem substâncias químicas nem transgênicas e aponta que o consumidor está adquirindo um produto completamente saudável.
Assim sendo, a seguir você vai entender melhor sobre o que é a agricultura orgânica, as vantagens dela, vai entender sobre a produção de itens puros, descobrir o que é o selo orgânico e entender de onde vem as certificações. Vamos nessa?
O que é agricultura orgânica
O nome é bastante sugestivo, né?! Pois é, a agricultura orgânica nada mais é do que um processo de produção de alimentos da agricultura que são comprometidos com o uso de nutrientes e tecnologias que exclui o uso de químicos e agrotóxicos.
O termo vem desde 1920, quando vários movimentos foram criados a partir de práticas baseadas em processos biológicos naturais. E é justamente essa a ideia da agricultura orgânica. Foi no ano de 1970 que o termo se tornou mais popular e conhecido no mundo.
Então, como é que se faz na agricultura orgânica? Basicamente, nela só está liberado o uso de fertilizantes naturais, manejos nativos, rotatividade de culturas, uso racional da água e tudo mais o que tiver à disposição do lugar, mas desde que sejam orgânicos e naturais.
Para que fique claro, essa prática leva em conta que o cultivo nesse formato traz menos riscos ao meio ambiente. Só que essa não é a única vantagem. Vamos falar sobre outras delas no decorrer do artigo. Veja!
Aliás, essa simples explicação já torna intuitivo a compreensão do que são alimentos orgânicos, certo? São aqueles produtos alimentícios que são provenientes da agricultura inalterada, isto é, feitos sem o uso de pesticidas, agrotóxicos, hormônios e outros grandes compostos malefícios.
As vantagens da agricultura orgânica
No tópico anterior, nós vimos o que é a agricultura orgânica. E até citamos alguns dos benefícios dela. Mas, você pode estar se perguntando quais os reais proveitos desse tipo de agricultura, que tem ganhado cada vez mais espaço nas mesas dos lares.
De modo geral, é possível notar que as principais delas estão ligadas à preservação do ecossistema. Como na preservação de recursos naturais, na produção de alimentos mais saudáveis, no baixo impacto ambiental, na rotatividade de culturas.
Com isso, fica fácil entender a razão dessa prática alternativa ser bem aceita frente a agricultura tradicional, que faz o uso de elementos e compostos que podem causar problemas à saúde das pessoas e a natureza. Afinal, os resíduos tóxicos que ficam nos alimentos podem chegar até as pessoas e causar doenças respiratórias, por exemplo.
Em 2020, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) divulgou um estudo sobre a demanda crescente por produtos orgânicos no Brasil. Ele mostra que as vendas desses alimentos cresceram 11% entre 2000 e 2017, com média anual de 10%.
Assim, nesse mesmo ano, o País estava em 12º entre os 20 maiores produtores de orgânicos do mundo. Sendo o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, na ocasião. E em 2018 já havia mais de 22 mil unidades de produção de alimentos orgânicos com certificação. Isso prova que estamos no caminho, né?!
Como são produzidos alimentos orgânicos
Entender a produção dos alimentos orgânicos não é complicado quando se tem o conhecimento sobre o que é esse tipo de agricultura. Afinal, é um tipo de produção totalmente natural e saudável.
Agora, um ponto legal é fazer pequenas comparações com a agricultura convencional para entender um pouco mais das produções. Na cultivação comum, o controle de pragas, por exemplo, é feito com o uso de químicos, como inseticidas.
Já na agricultura orgânica, não. Para evitar bichos nas verduras, alguns produtores utilizam repelentes naturais, como plantas atrativas que chamam a mais a atenção dos insetos. Assim, o controle vem de medidas preventivas e produtos naturais. O mesmo vale para adubos, onde um é químico e outro é orgânico.
O resultado final é uma cadeia de cultivo benéfica a todos e certificada. Isso preserva as águas, o solo e traz mais qualidade aos alimentos que serão consumidos.
O que é o selo orgânico, presente em alguns alimentos
O selo orgânico indica que aquele produto está atuando no mercado por meio de uma certificadora, que é credenciada pelo Ministério da Agricultura, e assegura que o item atende todos os procedimentos orgânicos, sendo produzido de acordo com as normas e as práticas desse tipo de atividade.
É comum que esse selo venha impresso no rótulo ou na embalagem do produto. A ideia vem sendo usada desde 2011, quando a lei brasileira entrou em vigor para ajudar o consumidor a reconhecer quando um produto é orgânico e quando não é.
Lembrando que essa chancela indica, por resultado, que o produto é livre de agrotóxicos, adubos químicos sintéticos, sementes transgênicas ou outros tipos de drogas usadas em animais.
Mas, como uma empresa ou produtora pode ter um selo orgânico? Por meio das certificações orgânicas, que podem ser conseguidas de três formas diferentes, como vamos explicar abaixo. Confira!
Quais os tipos de certificação orgânica que existem
Atualmente, existem pelo menos três tipos de certificações orgânicas no País. Tem aquelas que são feitas por auditoria, que pode ser pública ou privada, desde que credenciadas pelo Ministério da Agricultura.
Também tem a do Sistema Participativo de Garantia (SPG), que ocorre por responsabilidade coletiva dos membros, que podem ser produtores, consumidores e outros. O SPG só funciona quando há um Sistema Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac).
E tem ainda a opção do Controle Social na Venda Direta. Essa última possibilidade é uma espécie de credenciamento de controle social que é feito em um órgão fiscalizador. A partir disso, os agricultores podem fazer parte do Cadastro Nacional de Produtos Orgânicos também.
E a certificação IBD, como funciona?
A IBD é a Associação de Certificação do Instituto Biodinâmico, que desenvolve análises e avaliações para certificar que os produtos sejam orgânicos e biodinâmicos. A empresa é de 1991 e veio do Instituto Biodinâmico de Desenvolvimento Rural.
Hoje, é considerada a maior certificadora de produtos orgânicos da América Latina. Ou seja, ela é uma auditoria, que é autorizada pelo Sistema Brasileiro de Conformidade Orgânica (SisOrg). E atua em outros mercados através de outros credenciamentos, como o IFOAM (do mercado internacional), o ISO/IEC 17065 (Europa) e o USDA/NOP (Estados Unidos).
Para obter um selo da IBD é preciso participar de um ciclo, que envolve aspectos como avaliação de conformidade e requisitos. Por exemplo, é preciso ter, ao menos, 95% de ingredientes orgânicos usados na produção.
Fora isso, também é preciso ter cuidados com a desintoxicação do solo por um período que fique entre um a três anos para áreas de transição, não usar os produtos agrotóxicos e nem adubos químicos. Na página da IBD dá para conferir quais são os elementos certificados pela associação e até mesmo os insumos aprovados para os orgânicos.