Saiba como este tipo de alimento ajuda na dieta das pessoas e sua produção preserva o meio-ambiente
A carne orgânica nada mais é que um tipo de carne produzida de maneira socioambiental correta e o mais natural possível, totalmente livre de qualquer resíduo químico tóxico, garantindo qualidade e paladar superior à carne bovina tradicional, que atualmente é consumida pela grande maioria dos brasileiros.
A título de curiosidade, a carne orgânica tem aparência muito similar com as demais carnes bovinas. Porém, de acordo com a WWF-Brasil, organização não-governamental que apoia a produção deste tipo de alimento, a grande diferença está no processo produtivo e, consequentemente, na qualidade do produto final, que traz muito mais benefício à saúde das pessoas. As carnes orgânicas são mais ricas em ômega 3 e 6, ácidos graxos que ajudam a reduzir os riscos de problemas cardíacos e também apresentam menos gorduras.
Os animais que dão origem à carne orgânica BioCarnes têm um tratamento completamente diferente, com foco 100% nas condições naturais. Os pastos consumidos pelo gado, por exemplo, não têm qualquer tipo de agrotóxico e os medicamentos utilizados são fitoterápicos ou homeopáticos, eliminando a ingestão de eventuais elementos químicos que poderiam ‘contaminar’ a carne levada à mesa do consumidor final.
No entanto, as vantagens desta proteína não estão presentes apenas em um produto mais saudável, mas também na preservação do meio-ambiente, por adotar um processo produtivo sustentável.
As fazendas criadoras de gado que dão origem à carne orgânica são certificadas e submetidas às mais rígidas normas dos processos produtivos. Entre elas estão, por exemplo, a obrigatoriedade da preservação da mata natural da propriedade rural, a proteção das nascentes d’água e a não utilização de fogo para o manuseio das pastagens, além, como já mencionado, a adoção de agrotóxicos na pastagem.
Então, se você ainda não ouviu falar sobre carne sustentável, não se preocupe. Apesar de ser produzida há cerca de 10 anos, somente há alguns anos passou a ter maior presença comercial, podendo ser encontrada para consumo nas principais cidades do Brasil nas grandes redes varejistas. No entanto, seu preço mais elevado em comparação à carne bovina tradicional ainda é apontado com uma das barreiras para impedir que o consumo de carne orgânica cresça de maneira mais acelerada.
As expectativas, no entanto, são bastante positivas. De acordo com a consultoria norte-americana BCC Research, a movimentação financeira de produtos orgânicos em todo o mundo será, em 2024, de US$ 211 bilhões. Apenas como base de comparação, em 2000 este valor não passou dos US$ 17 bilhões. Já no Brasil, este montante, em 2020, foi de R$ 5,8 bilhões, cerca de 30% maior em comparação a 2019, segundo levantamento realizado pela Organis (Associação de Promoção dos Orgânicos).
Outras questões que corroboram com a perspectiva de um aumento sustentável do consumo de carnes orgânicas – e de outros produtos naturais – é a preocupação dos jovens em se informar sobre a origem daquilo que estão consumindo, uma maior percepção de que produtos orgânicos têm uma procedência menos nociva ao meio-ambiente e a natural busca por uma vida com costumes mais saudáveis.