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Salmão do Alasca é criado com foco na sustentabilidade

O Salmão do Alaska oferece grandes quantidades de vitamina B12, proteínas e Ômega 3

Atualmente, o salmão está entre os peixes mais consumidos pelos brasileiros, sendo muito popular na gastronomia japonesa servida por aqui. Com um sabor marcante e muito rico em diversos nutrientes, como vitamina B e ômega 3, ele é protagonista em diversos pratos, casando muito bem com legumes e inúmeros temperos, não importando o método de preparo – grelhado, assado ou mesmo cru.

No entanto, o que muitos não sabem é que a qualidade do salmão, especialmente no quesito nutricional, pode variar e está relacionada diretamente à forma de criação, que são basicamente duas: natural ou em cativeiro. Destes, sem dúvida, o melhor é o natural, no qual se destaca o salmão selvagem do Alasca, também conhecido como Chum. Isso mesmo, Chum!

Antes de nos aprofundarmos especificamente neste peixe que vive nesta região congelante do planeta, é preciso entender o ciclo de vida da espécie. De forma bem resumida, ele nasce e permanece de três a quatro meses nos rios, antes de se lançar nas águas salgadas dos oceanos, onde viverá por até quatro anos antes de retornar para os rios para se reproduzir. Durante todo este período, o salmão se alimenta de alguns peixes, algas e pequenos crustáceos.

E especificamente o salmão selvagem do Alasca tem uma elevadíssima qualidade de nutrientes, oferecendo altas concentrações de proteínas, vitamina B12, potássio e o famoso ômega 3 – que traz os importantes ácidos graxos EPA e DHA. Enquanto o primeiro (EPA) é responsável por reduzir o triglicérides e regular as atividades das células presentes no sangue, evitando a formação de coágulos que poderiam causar um Acidente Vascular Cerebral (AVC), o segundo, DHA, ajuda a prevenir doenças cardiovasculares e combate o Alzheimer.

No entanto, um ponto muito importante no cultivo do salmão selvagem do Alasca é a preocupação constante com o ecossistema. Para evitar a pesca desenfreada deste peixe extremamente valioso para as mais diversas culturas gastronômicas em todo o mundo, ocasionando um desequilíbrio natural perigoso ao meio ambiente, há um acompanhamento extremamente rígido com foco na sustentabilidade feito por biólogos que monitoram a quantidade de peixes que retornam para aos rios para reprodução no período de pesca, que acontece entre meses de junho e início de outubro.

E não somente as questões ecológicas são levadas a sério na criação do salmão selvagem do Alasca. Há uma preocupação com as comunidades locais, que pescam para subsistência. Por isso, a pesca da espécie para sobrevivência dos moradores das áreas rurais do Alasca é mais importante e é posicionada como prioridade máxima em relação à pesca comercial ou esportiva.

Natural x Cativeiro

O Salmão, como mencionado anteriormente, é um dos peixes mais consumidos e apreciados pelos brasileiros, atualmente. No entanto, o tipo de salmão que chega às mesas por aqui são criados em cativeiros – importados do Chile, um dos maiores produtores do mundo – e não de maneira natural, como a linhagem selvagem do Alasca.

Há pequenas diferenças entre o peixe criado em cativeiro e o pescado de forma natural nos mares. Isso se deve ao fato de os tipos criados em ambientes artificiais ficarem à mercê da qualidade dos tipos de rações que são utilizadas na alimentação dos peixes. Algumas, inclusive, são ricas em elementos focados em simplesmente promover um tom artificialmente rosado e chamativo à carne, tornando-a mais vistosa aos olhos do consumidor.

Curiosidades

O salmão selvagem do Alasca, o Keta, é o mais distribuído entre as cinco espécies de salmão na região – Real, Vermelho, Prateado, Keta e Rosa – e pode chegar a ter 60 centímetros de comprimento. Suas desovas acontecem duas vezes, a primeira no verão e a segunda durante o outono (Hemisfério Norte). 

Os pescados chegam ao Brasil congelados, majoritariamente na forma H&G (sem cabeça e sem vísceras). Cada uma das espécies tem suas características marcantes. O vermelho, por exemplo, é a segunda casta de salmão mais abundante no Alasca. No caso do prateado, o seu tamanho médio, a boa cor da sua carne e sua textura extremamente delicada lhe garantem a preferência entre os restaurantes. O Salmão Keta produz o maior e mais apreciado caviar de salmão do mercado (ikura em japonês). O rosado caracteriza-se pela carne de cor rosada e por uma textura suave. Já o Real, apesar do período extenso de pesca, não é disponibilizado em grande volume, sendo a espécie mais rara de salmão do Alasca.

Outra curiosidade importante do salmão selvagem do Alasca são as grandes presas, com caninos que se projetam de suas mandíbulas, que ele desenvolve ao retornar para as águas doces, o que lhe rendeu o simpático apelido de salmão ‘dog’ (cachorro).